U m dos principais compradores e importadores de castanha de caju da Europa, de nacionalidade alemã - cujo nome não foi revelado - esteve visitando esta semana o projeto de assentamento de reforma agrária de Novo Pingos, em Assú, curioso para conhecer pessoalmente o trabalho de beneficiamento de castanha realizado pela Cooperativa de Pequenos Produtores de Novo Pingos (COOPINGOS). De acordo com informação do presidente da entidade, Manuel Cristiano da Cunha, o empresário alemão saiu satisfeito com o que viu. O dirigente acrescentou que o empresário agendou para janeiro de 2012 o retorno à região, quando deverá ser consumada a parceria comercial com a cooperativa. "Ele (o empresário) tem interesse de fechar negócio com a cooperativa para comprar toda a nossa produção e levar para a Europa", resumiu Manuel Cristiano. O representante cooperativista destacou que os produtos da Coopingos são de qualidade já reconhecida. Ano passado a entidade, que tem parceiros importantes como a fundação Banco do Brasil (FBB) e outros, obteve o selo "fair trade". Manuel Cristiano explicou que o "fair trade" - comércio justo em tradução livre - é um dos pilares da sustentabilidade econômica e ecológica. É um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas. "Foi justamente pelo fato de a cooperativa possuir o selo 'fair trade' que esse empresário veio nos visitar interessado em adquirir nossa produção", registrou. Porém, disse que a entidade ainda precisa de outra certificação. "Agora vamos trabalhar para conseguir um documento que comprove que nossa castanha é orgânica", disse, afirmando que esta foi uma das indagações feitas pelo empresário alemão. "Nossa castanha é orgânica, e ele (o importador) pôde ver isso diretamente no pomar que visitamos, mas é necessário existir essa documentação para que isso seja atestado oficialmente", esclareceu o presidente da organização cooperativista. Com este fim, disse, a entidade está em entendimentos com o escritório regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE/RN), em Mossoró. "Queremos resolver isso até dezembro", concluiu.
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