O açude Pataxó continua sangrando e a expectativa é de mais chuvas para este final de semana, começando, provavelmente, a partir de amanhã. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê tempo nublado com chuvas em todo o Nordeste, pelo menos até domingo, 24. O transbordamento deste açude e de outros dois à montante da barragem Armando Ribeiro – Garbalheiras, em Acari, e Cruzeta – devolve às famílias de Ipanguaçu o medo de novos alagamentos.
A reportagem do JORNAL DE FATO esteve ontem no município, visitando quatro das 17 famílias que ainda estão desabrigadas, desde as cheias do começo do ano. Há três meses, homens, mulheres e crianças dividem duas escolas desativadas na localidade de Baldum, distante 5km da sede do município, sem perspectiva de retornar às suas casas.
Todas essas pessoas moravam na beira do rio Pataxó, no extremo com o bairro Maria Romana, o mais afetado com as cheias, e tiveram suas casas alagadas ou destruídas pela força das águas. As famílias estão abrigadas em um único vão de antigos grupos escolares, dividindo as moradias com lonas plásticas e lençóis.
Num desses lugares estão abrigados nove adultos, sendo uma gestante e seis crianças. Os banheiros são coletivos e áreas comuns divididas para todos, ainda assim, as famílias mantêm o bom humor. Sorridente, Maria Vanessa, com dois filhos pequenos, esclarece que não tem para onde ir. “Só saio daqui se a Prefeitura me der uma casa”, disse. Sem emprego e sem marido, ela depende da mãe, que está na mesma situação.
Vanderléia da Silva divide um desses espaços com uma filha, o marido e duas irmãs. A situação não é das melhores, mas, sem alternativas, ela se diverte com a própria sorte. “Até já me acostumei aqui”, brinca.
Recentemente, o Serviço Social do Município precisou intervir na outra escola porque foi detectado problema de higiene. Sem terem o que fazer, famílias resolveram levar animais para o local, inclusive porcos. Além do teto, a Prefeitura ajuda com alimentação e acompanhamento social e psicológico.
A reportagem do JORNAL DE FATO esteve ontem no município, visitando quatro das 17 famílias que ainda estão desabrigadas, desde as cheias do começo do ano. Há três meses, homens, mulheres e crianças dividem duas escolas desativadas na localidade de Baldum, distante 5km da sede do município, sem perspectiva de retornar às suas casas.
Todas essas pessoas moravam na beira do rio Pataxó, no extremo com o bairro Maria Romana, o mais afetado com as cheias, e tiveram suas casas alagadas ou destruídas pela força das águas. As famílias estão abrigadas em um único vão de antigos grupos escolares, dividindo as moradias com lonas plásticas e lençóis.
Num desses lugares estão abrigados nove adultos, sendo uma gestante e seis crianças. Os banheiros são coletivos e áreas comuns divididas para todos, ainda assim, as famílias mantêm o bom humor. Sorridente, Maria Vanessa, com dois filhos pequenos, esclarece que não tem para onde ir. “Só saio daqui se a Prefeitura me der uma casa”, disse. Sem emprego e sem marido, ela depende da mãe, que está na mesma situação.
Vanderléia da Silva divide um desses espaços com uma filha, o marido e duas irmãs. A situação não é das melhores, mas, sem alternativas, ela se diverte com a própria sorte. “Até já me acostumei aqui”, brinca.
Recentemente, o Serviço Social do Município precisou intervir na outra escola porque foi detectado problema de higiene. Sem terem o que fazer, famílias resolveram levar animais para o local, inclusive porcos. Além do teto, a Prefeitura ajuda com alimentação e acompanhamento social e psicológico.
AÇÃO
A Prefeitura não sabe quando resolverá essa situação. Enquanto isso, espera o início das obras de macrodrenagem do rio Pataxó, orçada em R$ 7,3 milhões, liberados nesta semana pelo Ministério da Integração Nacional. A obra deve começar nos próximos 120 dias e vai limpar o manancial da altura do Pataxó até a localidade de Arapuá, no encontro com o rio Assú.
A Prefeitura não sabe quando resolverá essa situação. Enquanto isso, espera o início das obras de macrodrenagem do rio Pataxó, orçada em R$ 7,3 milhões, liberados nesta semana pelo Ministério da Integração Nacional. A obra deve começar nos próximos 120 dias e vai limpar o manancial da altura do Pataxó até a localidade de Arapuá, no encontro com o rio Assú.
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