Um fato inusitado chamou a atenção dos moradores do município de Ingá. Uma criança com duas cabeças morreu durante o parto, na segunda-feira (27). Nem a mãe do bebê, Sueli Ferreira, 27, nem a equipe médica que realizou o parto sabiam da situação das crianças já que nos exames de pré-natal e ultrassonografia não foi possível constatar o fato.
O parto da mulher tinha indicação para ser normal, foi interrompido pela equipe médica que acabou realizando uma cesariana. O bebê foi sepultado ontem e a mãe recebeu alta médica ontem do Hospital da Clipsi, em Campina Grande.
De acordo com a tia da mulher, Maria Araújo dos Santos, 57, a gestação foi tranquila e Sueli nunca havia reclamado de qualquer complicação. “Já era o terceiro filho dela e os outros dois foram partos normais. Desse, ela nunca falava nada de mais, fez os exames e nada acusou de diferente. Foi uma surpresa pra todo mundo esse menino ter nascido com duas cabeças. Eu nunca vi uma coisa dessas e estou preocupada com a minha sobrinha porque ela ainda está mal no hospital”, contou.
Faltou oxigênio
Sueli mora no sitio Serra Verde, na zona rural de Ingá. Os médicos disseram à família que a causa da morte da criança pode ter sido a falta de oxigênio em uma das cabeças. “Uma das cabeças ficou roxa. Isso chamou tanto a atenção da população aqui de Ingá que veio milhares de pessoas aqui em casa para ver e eu tive que colocar o corpo do bebê em uma grade na sala pra que todo mundo pudesse ver”, disse Maria Araújo.
O caso é muito raro
De acordo com a ginecologista e obstetra, a médica Francimar Ramos, o caso é raro na Paraíba e também no Brasil. Ela disse que provavelmente se trata de uma má formação fetal decorrente de questões genéticas. “É preciso ver as condições como essa mulher passou a gestação. É impossível a ultrassonografia não ter detectado as duas cabeças da criança, e se isto ocorreu o exame foi muito mal feito”, explicou.
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